segunda-feira, 24 de março de 2014

REVOLUÇÃO OU GOLPE? 50 ANOS! 1964


       Realmente a História é inventada ou distorcida. Iremos comemorar no dia 31 de Abril a "Revolução de 1964"... Comemorar? Revolução?
       O conceito de revolução é debatido nos corredores das universidades até hoje, muito se discuti sobre o uso deste termo na nossa história, a História do Brasil. Não constitui novidade histórica a intensa participação dos banqueiros e seus bancos privados no golpe de Estado que depôs em 1964 o presidente constitucional João Goulart.
        Nem o financiamento do aparato repressivo de tortura, morte e desaparecimentos forçados, por parcela expressiva de donos de instituições financeiras, nas décadas de 1960 e 70. O que é incrível, a julgar pela agenda 2014 distribuída pelo Itaú a clientes, é que o tempo pareça ter congelado. No dia 31 de março, a agenda registra o “aniversário da revolução de 1964″.
Como reconhecem as consciências dignas, não houve uma “revolução'' meio século atrás, e sim um golpe desferido com as armas da sociedade golpista entre segmentos militares e civis, como os banqueiros (alguns viraram ministros).
     “Revolução'', em referência à instauração da ditadura, é palavra consagrada na boca de marechais e generais como Castello Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo, os presidentes-ditadores do ciclo encerrado em 1985.
    Quem falava “revolução'' eram torturadores como o delegado Fleury, o policial Borer e o então major Ustra _este, vivo, fala até hoje.
        A agenda do Itaú também reproduz a data da versão golpista, 31 de março, mas Goulart ainda estava no Palácio Laranjeiras no começo da tarde de 1º de abril. O golpe foi mesmo em 1º de abril, o dia da mentira - os golpistas diziam salvar a democracia.


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